O filósofo inglês
Francis Bacon (1561-1626) — ou “Chico Toucinho”, como alguém já disse — observou quatro obstáculos que nos impedem de conhecer a realidade. Esses “ídolos”, conforme Bacon denomina, estariam firmemente enraizados em nossa mente, sendo preciso cautela e inabalável vontade para se libertar deles. Vejamos quem são os dito-cujos:
• Ídolo da tribo: São nossas próprias condições antropológicas. Ou seja, somos limitados, primeiramente, porque somos humanos.
• Ídolo da caverna: São nossos requisitos fisiológicos e psicológicos, com os quais nascemos, isto é, as condições, ou biográficas ou sociais, nas quais crescemos. Seriam as limitações pessoais peculiares a cada um de nós.
• Ídolo do mercado: É o mau uso de construções lingüísticas, frases, designações, particularmente no nível da fala cotidiana. Sim! As palavras podem violar o intelecto, perturbando-nos e seduzindo-nos a várias desavenças.
• Ídolo do teatro: São os princípios e teoremas que ganharam validade por tradição, credulidade e negligência, mas são conceitos incorretos que mantêm autoridade apenas por terem infiltrado na mente humana. Acaba sendo um abuso autoritário.
Pois bem, agora é só começar o iconoclastismo!
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