O Instituto Datafolha divulgou semana passada uma pesquisa sobre os jovens brasileiros com idade entre 16 e 25 anos. Um dado chama a atenção: 39% dos entrevistados declararam participar de movimentos ligados a alguma igreja. Além do mais, oito em cada dez jovens consideram a religião como importante ou muito importante. Ou seja, a fé é um dos principais pilares éticos da juventude no Brasil de hoje.
O que temos feito para que tantos rapazes e moças estejam se lembrando de seu Criador nos dias da sua mocidade? A resposta é simples: Deus está em alta. Somente 1% se assume como ateu. Nota-se também um completo desinteresse da moçada por outras organizações, como partidos políticos, sindicatos ou entidades estudantis.
É preocupante, no entanto, que se esteja perdendo o fervor de se fazer alguma coisa em prol da transformação social. Afinal, trabalhos voluntários ou comunitários interessam a apenas 24% dos jovens entrevistados, assim como organizações não-governamentais (ONG’s), que correspondem a apenas 6% da preferência de quem opinou.
O fato de o jovem estar na igreja deveria significar um novo tempo em prol de uma sociedade mais justa. Foi assim com Jesus. Aos doze anos, ele estava no templo, crescendo “em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. (Lc 2,52) Mas sua vida mudou quando ele leu o seguinte versículo do profeta Isaías: “O Espírito Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lc 4,18-19) O jovem Jesus, daí em diante, iniciou seu ministério entre pobres, cativos, cegos e oprimidos, levando-lhes esperança.
Bom seria se todo jovem pudesse dizer como Jesus que o Espírito do Senhor está sobre ele para fazer tudo o que o Mestre fez. Imaginem se as igrejas estivessem repletas de adolescentes e jovens querendo sair por aí para mudar o mundo, não como jovens que “se cansam e se fatigam”, mas como “os que esperam no Senhor”, que “renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. (Is 40,30-31)
É difícil sonhar olhando para trás!
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