O jovem está na igreja. E daí?
O que temos feito para que tantos rapazes e moças estejam se lembrando de seu Criador nos dias da sua mocidade? A resposta é simples: Deus está em alta. Somente 1% se assume como ateu. Nota-se também um completo desinteresse da moçada por outras organizações, como partidos políticos, sindicatos ou entidades estudantis.
É preocupante, no entanto, que se esteja perdendo o fervor de se fazer alguma coisa em prol da transformação social. Afinal, trabalhos voluntários ou comunitários interessam a apenas 24% dos jovens entrevistados, assim como organizações não-governamentais (ONG’s), que correspondem a apenas 6% da preferência de quem opinou.
O fato de o jovem estar na igreja deveria significar um novo tempo em prol de uma sociedade mais justa. Foi assim com Jesus. Aos doze anos, ele estava no templo, crescendo “em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. (Lc 2,52) Mas sua vida mudou quando ele leu o seguinte versículo do profeta Isaías: “O Espírito Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lc 4,18-19) O jovem Jesus, daí em diante, iniciou seu ministério entre pobres, cativos, cegos e oprimidos, levando-lhes esperança.
Bom seria se todo jovem pudesse dizer como Jesus que o Espírito do Senhor está sobre ele para fazer tudo o que o Mestre fez. Imaginem se as igrejas estivessem repletas de adolescentes e jovens querendo sair por aí para mudar o mundo, não como jovens que “se cansam e se fatigam”, mas como “os que esperam no Senhor”, que “renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. (Is 40,30-31)
É difícil sonhar olhando para trás!
Marcadores: Pastoral
Felipe,
E daí? E preciso começar e fazer. Resistências sempre terão, as primeiras serão da "liderança sênior" nas igrejas. Mas e daí? Não foi fácil também para outras gerações. Jeremias, João Batista, apóstolo Paulo e o próprio Jesus, foram taxados de títulos horríveis, expulsos, incompreendidos. Não será fácil. Mas o "campo" (mundo) é enorme, como disse João Wesley, (que também teve problemas com a Igreja Anglicana) e disse ao deixar sua paróquia e se lançar as pregações ao ar livre: Agora, o mundo é minha paróquia".
Parabéns pela postagem.