José, para onde?
Dia desses, minha cidade natal foi notícia de capa da Folha (1º/2/2009). Fiquei triste. Afinal, não era dia 31/10, aniversário de seu mais ilustre filho, Carlos Drummond de Andrade. De coisa boa não se tratava mesmo, pois reportava-se que até o Carnaval fora cancelado este ano na minha terra tão querida. As más novas informavam acerca da ameaça de desemprego por causa da tal crise econômica.
Sinceramente, espero que Itabira — que significa "pedra que brilha" — não passe de "apenas uma fotografia na parede" para a Vale na hora de tomar decisões que podem afetar 70% da economia desse município. Vale lembrar que é de lá que essa imponente companhia extrai o minério que já encheu seus cofres nos tempos de bonança, transformando em buraco o maior patrimônio natural da cidade que é o Pico do Cauê, de onde, como diz a lenda, se podia ver Belo Horizonte, que está a mais de 100km de distância. Nessas horas, fico me perguntando, como todo bom itabirano, "E agora, José?". Do lado de lá, do lado dos poderosos, de quem vale, alguém deve matutar: "José, para onde?". (Por favor, não digam o óbvio — "Rua!")
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Sinceramente, espero que Itabira — que significa "pedra que brilha" — não passe de "apenas uma fotografia na parede" para a Vale na hora de tomar decisões que podem afetar 70% da economia desse município. Vale lembrar que é de lá que essa imponente companhia extrai o minério que já encheu seus cofres nos tempos de bonança, transformando em buraco o maior patrimônio natural da cidade que é o Pico do Cauê, de onde, como diz a lenda, se podia ver Belo Horizonte, que está a mais de 100km de distância. Nessas horas, fico me perguntando, como todo bom itabirano, "E agora, José?". Do lado de lá, do lado dos poderosos, de quem vale, alguém deve matutar: "José, para onde?". (Por favor, não digam o óbvio — "Rua!")
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Marcadores: Cotidianidade, Economia, Sociedade
Uma situação complexa. E a crise de hoje, é já de ontem. As pessoas foram educadas a viver acima das suas possibilidades. E lhes foram criando necessidades. Apesar de tudo, creio que no global, o dia de hoje é melhor do que o de ontem.
Um abraço.
Manuel