O nome dele é Martin Luther King Jr.
Nascido em um ambiente hostil a sua pessoa por causa da cor de sua pele, King não deixou de encontrar esperança entre a aurora e o crepúsculo. Fez a sua parte. Estudou Sociologia e Teologia, qualificando-se como um dos melhores quadros para mobilizar outros homens e mulheres que se identificavam com sua resistência às forças de opressão que castravam a liberdade de todos os cidadãos.
Na condição de pastor protestante, King não se confinou à clausura das quatro paredes de sua igreja, sentindo-se tocado para transformar a realidade para além das fronteiras religiosas. Não fez de sua luta uma religião, mas de sua religião uma luta.
De modo que eu sinto uma profunda vergonha de ter sido pastor dentro da mesma tradição de fé desse homem e estar longe de me engajar em uma causa de tal envergadura. Ainda há tempo. Completarei um quarto de século em 2009. Se errante fui, errante continuarei. Mas não quero errar sem causa.
Como devoto de São King, amanhã, na ocasião da posse de Barack Obama como presidente dos EUA, acenderei uma vela para a causa pela qual ele lutou, certo de que nem sempre se pode colher os frutos daquilo que se plantou. Como seria bom se aquele que fora o mais jovem ganhador do Prêmio Nobel da Paz estivesse aqui para celebrar essa vitória de sua causa! Mas creio que ele estará, porque ninguém foi feito para morrer, e sim para ressuscitar.
Foi assim com Jesus. Será assim com King. Eu acredito em Jesus. Eu acredito em King. Suas causas estão vivas e jamais serão mortas. Apesar da cruz, apesar do tiro. Eis que na morte surge a vida. Ressurreição! Lutarei por Jesus, lutarei por King. Nem o madeiro nem a bala poderão silenciar a luta de quem “tem um sonho” por um mundo de justiça. I have a dream today — o texto sagrado do meu dia.
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Amanhã verei o sorriso de King aqui na terra, no rosto de milhares, sejam eles negros, brancos, americanos ou africanos, ou alemães ou brasileiros.
E claro, estarei rindo junto!