27.3.08

"D"

A, B, C... Eis o nome do novo demônio que paira sobre o ar da Cidade Maravilhosa: não o digam, por favor; melhor deixar só a letra inicial, mesmo assim batendo na madeira. “Deus me livre”, deve está dizendo qualquer mineiro do interior que vê na TV o estrago que um invertebrado dos quinto anda provocando na terra do Cristo. (Oh, Redentor, oxalá tuas mãos se movessem aí no Corcovado para nos ajudar a esmagar esses emissários do mal!) Das Gerais, no entanto, ninguém vê que os pobres mortais daqui de baixo deram lugar ao diabo. A começar das potestades de cima que, através dos poderes (in)competentes, demoraram para agir. (Até agora o dondoco do senhor prefeito, da facção Democratas, acha que não estamos numa epidemia!) E assim as hostes da maldade iludem o povo. (Ô coitado!) Vós, donzels e donzelas, outrora não tampastes as vossas caixas d’água e piscinas, ora apontais o dedo. Salve o país da dedada! (Perdoa-nos, Senhor, porque trocamos aquele maior dos teus mandamentos pelo dedai-uns-aos-outros.) Do jeito que o demo gosta. Demonstrado está, ademais, que o mal imperando, a indústria lucra. A de dedetização produz superfaturados líquidos químicos com água a quase R$ 5. A farmacêutica deixa a desejar no preço dos repelentes — quando há para vender, cerca de R$ 12. E o comprimido? Mais de uma cartela de R$ 2 por dia. Desisto, deve haver um jeito de exorcizar a letra "d" do alfabeto. Deus-dará!

(À Priscila, suposta infectada pela famigerada ocupante da quarta posição no... Ah, vocês sabem!)

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