Falar é fácil
Eu sinto que a Poesia se fez vida e habitou entre nós. Não era só discurso. Seus versos não morreram. Sua escrita mora na areia — o vento bateu e levou. Sua morte virou peça de teatro encenada na teofagia das eucaristias. Por isso, Jesus eu conheço em versos, não em discursos.
Posso até imaginar a fronteira entre o falar e o viver na vida de um homem que questionou Jesus sobre o primeiro mandamento. Esta dúvida discursiva o inquietava. E ainda bem que Jesus escuta as dúvidas. Jesus não condena as dúvidas. Jesus responde às dúvidas.
“Amarás”. A resposta de Jesus começa com o verbo “amar”. A lei de Jesus, o mandamento de Jesus, tudo isso começa com o verbo “amar”. Afinal, “aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”.
Não adianta falar. É preciso amar. E amar é um ato tão autêntico que é necessário que o advérbio “todo” apareça quatro vezes para expressar a intensidade do verbo “amar”. “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças.”
Ou se ama por completo, por inteiro, ou não se ama. O significado de amar é todo abrangente. Envolve todas as dimensões da vida. Coração, alma, entendimento e forças. Porque esta é a lei de Deus. Amar. Este é o mandamento de Deus. Amar.
Agora, deixe eu parar de falar...
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Que lindo! Chega de discurso.
Sabia que eu te amo? :D