9.12.08

Capitalismo carpe diem

Acho que a so called “crise financeira” dificilmente afetará o subúrbio do Rio de Janeiro, realidade dentro da qual estou inserido em corpo, casa e igreja. A cultura aqui se resume em arrumar dinheiro, sair às ruas, encher ônibus, metrô e trem, para gastar, gastar, gastar. Há sempre um bom lugar e uma boa coisa para onde direcionar o mínimo de pecúlio que resta no bolso, na bolsa, na carteira. Ene lojas, ene shoppings, ene camelôs (Pirataria? Quem liga pra isso além da TV?). Ganhar para gastar é uma promessa de felicidade. Afinal, vivendo sob um forte sol, que só serve para lembrar aos suburbanos cariocas da impossibilidade de passar o ano todo na praia, carpe diem é uma regula fidei, e save money, uma heresia em língua estranha. Presidente Lula, relaxa, é carnaval!

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