12.5.08

Da ambigüidade humana

Quanto mais próximo do que não se é, mais perto do que se é. Macbeth, um notável herói trágico de William Shakespeare, encarna, a dúvida quanto ao ser ou não ser. No início da peça, apresenta-se como um prestigiado general do exército do rei; no fim, um homem isolado, sem espaço na comunidade social. Tudo o que ele vive, no entanto, parece resultar de suas próprias ações. A sua glória e a sua derrota florescem a partir de escolhas cujas conseqüências posteriores lhe pesam de tal maneira que não consegue suportar. Ele acaba morto, pensando que tudo podia controlar, mas não pôde. Não há controle sobre si mesmo, sobretudo quando se luta contra aquilo que traz sentido para nossa própria vida, contra aquilo que diz respeito à nossa própria situação humana, que é ambígua. Afinal, toda tragédia nos mostra que quase nunca sabemos se somos ou se não somos.

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9 Comentário(s):

  • At 15 de maio de 2008 às 18:20, Blogger ROGÉRIO B. FERREIRA said…

    Oi Felipe,

    já vim aki umas dez vezes e penso em ler e comentar seu pequeno em tamanho mais grande em saber Post sobre Ambiguidade.

    Tudo tem seu tempo. Acabei de postar algo sobre a natureza irremediavelmente pecadora do homem. Algo que se encaixa nesse seu contexto.

    Afinal, por que negarmos a evidência de nossa falência? Por que alguns se dão a esse trabalho?

     
  • At 16 de maio de 2008 às 22:09, Blogger Alysson Amorim said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 16 de maio de 2008 às 22:12, Blogger Alysson Amorim said…

    Permita-me um neologismo com seu título:

    Da Ampoligüidade humana.

    Abração, meu amigo.

     
  • At 17 de maio de 2008 às 00:59, Anonymous Anônimo said…

    Felipe,

    "Quanto mais próximo do que não se é, mais perto do que se é.": profundíssimo.

    Teus comentários no blog Mude me elevam e enlevam.

    E Henry Miller me encanta (talvez até mais) pela própria biografia.

    Abraços, flores, estrelas..

     
  • At 17 de maio de 2008 às 04:42, Blogger Tamara Queiroz said…

    Não há controle sobre si mesmo.

    Essa frase martelou na minha mente que quase furou (dizer ou não dizer).

    Minhas experiências comprovam que sim. É tão assustador quanto assumir isso.

    B-joletas para colorir o seu final de semana, Fanuel

     
  • At 25 de maio de 2008 às 01:02, Blogger Marlene Maravilha said…

    É verdade...
    Querido amigo, deixo-te um grande beijo e o desejo que tenhas um lindo domingo.

     
  • At 25 de maio de 2008 às 20:30, Blogger Elsa Sequeira said…

    Filipinhoooooooooooooo!!

    Hoje vim deixar-te muitos muitos muitos muitso parabéns!!!!

    Sê feliz sempre Coração lindoooooooooooooooooooooooo!!!


    beijinhos para ti e para a Pri!

     
  • At 27 de maio de 2008 às 08:18, Blogger Marlene Maravilha said…

    Felipe, querido amio,
    passei para te deixar um beijo e acabei entrando no "A cura da Aids e Cancer" aí do teu blog. Gostei do que li e fiquei mais inteirada com o assunto, e tomara que eu nunca mais precise. Obrigada!
    Um lindo dia e Deus te abencoe

     
  • At 27 de maio de 2008 às 13:05, Blogger DCG said…

    Enfim,n�o procuramos sentido em nossas vidas justamente diante das trag�dias (e muitas delas fruto das nossas pr�prias escolhas) vlw Mac.... quem???? to brink... tentei t ligar pro teu niver mas champou chamou e ningu�m atendeu... to atrasado... mas num faz trag�dia!!!!! rsrs Parabens

     

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