A educação brasileira e os mesmos problemas de sempre
Embora este imperialismo capitalista pregue um ideal de uma sociedade globalizada, é visível que o nível de desigualdade torna-se superior ao desenvolvimento. Há pessoas vivendo na miséria, sofrendo com saúde precária, educação carente, desemprego, violência, enfim, há uma extensa lista de problemas públicos que neutralizam o desenvolvimento geral da população. O pior é que ninguém – governo algum – dá verdadeira atenção a esses problemas, quando alguns dão, viram apenas projetos no papel.
Quando se olha para a história brasileira, enxerga-se que estes problemas perduram dos tempos antigos até hoje, porém ainda não se trabalhou para se criar soluções, ao contrário, têm-se deixado crescer e gerar outros problemas para os tempos vindouros. Exemplo disso são as políticas públicas que não viabilizaram a integração do ex-escravo na sociedade, na época da transição para o Brasil República. Hoje se ignora da mesma forma essas políticas, quando continua a haver um crescente grupo excluído da sociedade, que tem gerado outros graves problemas, como o aumento da violência e do tráfico de drogas.
As instituições financeiras externas não foram feitas para pensar em ações sociais, antes, seu objetivo sempre foi financiar o projeto do capitalismo em volta do mundo. Tal empreendimento tem tido sucesso no Brasil, ao retirar dinheiro valioso recolhido de altos impostos de cidadãos trabalhadores que não são providos de assistência do governo em assuntos básicos como a educação. Em outras palavras, os imperialistas do capital querem obter o dinheiro que seria gasto na melhoria e manutenção do ensino de vários estudantes brasileiros. Certamente, este tipo de política fomenta hipocrisia, que é a raiz da corrupção. Não é à toa que quanto mais as exportações crescem no Brasil, menos se vê a cor do dinheiro. O vazamento monetário é patrocinado por uma atmosfera de conformismo ditada pela ordem econômica mundial, para cujo sustento o país tem obrigação de servir através de seus recursos.
Todos se prejudicam consciente ou inconscientemente neste processo, mas quem mais perde são os entusiastas de um projeto educacional que contemple mudanças nesta realidade, pois precisam amargar a sensação de que dificilmente algo irá mudar. As ações práticas acabam se tornando meros atos de militância ou jogos de marketing de grandes empresas que se gabam de ter “responsabilidade social”. Entretanto, o tempo presente não é só desilusão, há possibilidades. Uma dessas é também característica dos tempos atuais: o posicionamento crítico. Embora não sejamos acostumados a nos posicionar criticamente diante das situações, há uma certa abertura para isso, principalmente no meio acadêmico. Expandindo-se o diálogo com a população, através até mesmo do contato diário da profissão, poderá, em longo prazo, contribuir para pelo menos modificar a forma como olhamos para a sociedade, evitando a aceitação de imposições vindas de quem só quer nos dominar. Quem sabe aconteça alguma coisa?
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Grande Felipe!
Gostei de q escreveu sobre educação. Muito legal. Tu vai no ponto qnd se refere a empresas responsáveis... claro (!) facilmente nesse ponto podemos nos remeter ao programa levado, por exemplo, pelas "Instituições Globo", o chamado "Amigo da Escola". O programa esse que se abriga na atuação de voluntários para substitui professores, educadores, diretores, faxineiros... no seu ímpeto buscam cada vez mais tomar o já mínimo papel do estado na sociedade... e pior, utilizando esses voluntários desestabilizam a mólgama crítica da formação da nossa gente.
dias péssimos estamos vivendo. que deus nos escute e nos veja!
felicidades, meu irmão.
fabio py