9.7.09

Explicações

Assim como um muçulmano hoje em dia precisa explicar que não é terrorista. Assim como um judeu precisa explicar que não apóia a guerra contra os palestinos na Terra Santa. Assim como um católico precisa explicar que não segue à risca as recomendações do Vaticano quanto ao uso de preservativos. Assim como um candomblezeiro ou umbandista precisa explicar que não quer fazer mal a ninguém. Assim também eu, protestante, preciso gastar tempo explicando que não sou, em ordem alfabética, conservador, fundamentalista, moralista ou proselitista.


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10 Comentário(s):

  • At 9 de julho de 2009 às 22:44, Blogger Volney Faustini said…

    Pois é Felipe - no passado a gente tinha é que dar razões da nossa fé. Agora temos que esclarecer e desconstruir caricaturas.

    Após constantinizaram o Cristianismo, e hoje a religião se impregnou no que deveria ser uma forma de se viver, um estilo de vida. Os ritos não deveriam falar tão alto, a ponto de precisarmos nos explicar.

     
  • At 9 de julho de 2009 às 23:58, Blogger Cleinton said…

    olá, fanuel.
    quanto ao texto no meu blog, já coloquei uma resposta lá para abrir debate, mas deixo-a aqui também, pois sei que você pode não passar lá por esses dias.

    "Eu também sou contra qualquer tipo de golpe militar, fanuel. todavia, sou também contra a perpetuação no poder desses caras que não sabem que democracia também se faz com alternância! abraço, amigo".

    quanto ao teu texto atual, além disso tudo, temos de provar que não somos ignorantes e que não é porque somos pastores que isso significa que somos ladrões. tem dessas coisas na vida, não é mesmo? abraço, amigo.

    liberdade, beleza e Graça...

     
  • At 10 de julho de 2009 às 02:00, Blogger ROGÉRIO B. FERREIRA said…

    Ótima essa!
    Por me cansar de explicar que protestante pode beber, fumar e dançar acabei me mudando para uma europa, dita, pós cristã.
    Mas o rótulo fundamentalista permanece, dentre outros.
    Abrçs, mano sumido!

     
  • At 10 de julho de 2009 às 02:02, Blogger ROGÉRIO B. FERREIRA said…

    Claro que o que me trouxe à Europa foram outras razões mais nobres. Como família por exemplo. hehehe!!

     
  • At 10 de julho de 2009 às 03:24, Anonymous Denise said…

    fenuel, explique-se portanto um liberal e relativista (o que seria interessante, porquanta uma contradição sofismática). proselitista? não há como, já que ainda não conseguiu se desvincular da imagem marxista, como conseguiu outros piedosos.

    abçs

    denise

     
  • At 10 de julho de 2009 às 11:22, Anonymous Gaby said…

    Olá Fanuel, é assim. Todo o tempo é assim, e o é dentro da fé protestante, porque desde afora não é tanto que se nos demande algo. Acho que também há que jurar de joelhos que um não é liberal, teísta aberto, emergente. Em cima, por causa do aniversário de Calvino, há que estar formados como no exército recitando "doutrinas correctas". Que cansaço
    Abraços y beijos

     
  • At 10 de julho de 2009 às 17:29, Blogger Tamara Queiroz said…

    Assim também como eu preciso explicar que ser vegetariana e yôgi não tem ligação com religião. Muito pelo contrário!

    No entanto, acredito que não se deve misturar "correntes". Ou é por inteiro, ou não é.


    Um beijo sorridente, Fanuel

     
  • At 13 de julho de 2009 às 18:14, Blogger O Tempo Passa said…

    Faltou dizer que você não pretende "emburrar" usando a fé, como fazem os apóstolos midiáticos.
    Obs- emburrar: encher a burra, ficar rico.

     
  • At 17 de julho de 2009 às 12:31, Blogger Marlene Maravilha said…

    Passamos a vida a explicar fatos e razoes. Fazer o que? E ainda temos que explicar que protestantes ou evangelicos nao sao necessariamente burros e paupérrimos. Vida dura esta.
    Saudades!
    beijo

     
  • At 26 de julho de 2009 às 23:01, Anonymous Osvaldo Luiz Ribeiro said…

    Se não evangelizas mais, meu amigo, em nenhuma de suas formas, radicais ou dissimuladas; se não estás mais à cata de pecadinhos e pecadões, principalmente se nao tem mais em Deus uma idéia Moral (se te ries de Gn 2-3, conforme lido nos salões da Teologia Sistemática!); se acreditas firmemente na condição cultural de todas as doutrinas - todas! (escutas o barulho do Cistianismo dissolvendo-se?); se não estás interessado em arregimentar qualquer modismo para amanutenção das pregações (não vê a moda da "teologia como metáfora"?) - se não fazes nada disso: então não és mesmo nada do que dissestes não ser...

    É mais ou menos como os "evangelicais" (conheço alguns) que gostam de sentar o porrete nos "fundamentalistas", sendo-o até a próstata, com a exceção de não o confessarem, é a marca protestante, desde Lutero...

    Mas não há jogos de sombras: ou se é conservador, ou não se é, mais, cristão... Estamos em maus lençóis, amigo...

    Se esquivamo-nos das doutrinas, fica o quê?

    Não fica nada, amigo. Toda a prestidigitação de Tillich não foi outra coisa que não a tentativa de manter o velho... no novo. Mas o "novo" tem o mesmo bolor de dois mil anos...

    Não é meramente com desrotulaões que nos livraremos dos rótulos.

    Estou aqui pensando que dessas quatro práticas já deixei... de verdade. Talvez duas... Mas só talvez, porque a força de enraizamento delas só não é maior do que nossa mágica de fingi-las mortas.

    Estive aqui, num final de domingo resfriado...

    Um abraço,

    Osvaldo.

     

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