20.6.09

Tem belezas minha terra

Quero uma pena que escreva
Esta flor que agora vejo,
Sem óculos.

Terra escura,
Mato alto.
Lá vai o canto soberano
E uma pena que quer o céu.
Adeus, passarinho!

Que direi destes olhos ariscos?
Ela me quer silencioso.
Basta um leve movimento,
Rasteja lagartixa mato a dentro.

Desejo assim jamais se tem.
Prazer, labor e mel,
Flor pr’abelha é céu.
Que delícia de vida!
Soa assim um voo sem fim.

Sombra que esconde o sol
Que me aquece
Do frio
Que me entristece.

Já tirei a fotografia da parede,
Pois sinto esta cidade-belezas
Sem dela mais ser.
Deus é Pai! Drummond está certo.
“Mas como dói!”


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